sábado, 21 de agosto de 2010

Questionando o copyright

Internet rápida para 80% dos domicílios com velocidade de 100 Mbps

Governo quer atingir meta em 2022. Para pesquisador, esforço consumirá US$100 bi

GUARUJÁ (SP). O representante da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Alfredo Salomão, disse ontem que a meta do Projeto 2022 é que 80% dos domicílios do país estejam atendidos com uma velocidade de cem megabites por segundo. Segundo ele, o objetivo não é ufanista, uma vez que japoneses e coreanos já falam em alcançar uma velocidade de um gigabite - dez vezes maior.

O desafio é enorme, disse Ernesto Flores, pesquisador do Centro de Investigação e Docentes do México: em seus cálculos, o país precisará investir US$100 bilhões para atingir o nível de países desenvolvidos e deixar entre 70% e 75% da população conectada à banda larga.

Hoje, apenas 46% dos brasileiros conectados à banda larga tem velocidade média superior a um mega. Um quarto desses clientes tem conexão de apenas 256 quilobites por segundo e a maioria está entre 512 quilobites e um mega. O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) estabelece o mínimo de 512.

Salomão e Flores participaram ontem do 54º Telebrasil Painel, da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), cujo tema é "O Brasil que queremos 2011-2014". Um dos obstáculos é a infraestrutura, disse Flores, que não está suportando a elevada demanda pelos serviços de telecomunicações.

O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, Eduardo Levy, acrescentou à lista a liberação de novas licenças pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a implantação de fibras óticas em obras públicas e o descontingenciamento do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), que conta com cerca de R$8 bilhões.

Ultrapassadas estas barreiras, Levy acredita que o país poderá chegar a cem milhões de clientes de telecomunicações - banda larga, telefonia fixa, móvel, e TV por assinatura - em 2014. Para isto, seriam investidos R$80 bilhões e, como consequência, gerados 50 mil empregos.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quem é Paulo Freire?

Paulo Reglus Neves Freire
Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife, PE. Apesar de pertencer a uma família de classe média, Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929. Uma experiência que o levou a se preocupar com os mais pobres e o inspirou a construir seu revolucionário método de ensino.


Assim uma das motivações para a sua elaboração pedagógica partiu de seus estudos sobre a linguagem do povo. Paulo Freire participou do Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife e do Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife, sendo, inclusive, um dos seus fundadores e primeiro diretor. Destaca-se, principalmente, o trabalho realizado em Angicos, no Rio Grande do Norte, em 1962, onde começaram as primeiras experiências de alfabetização – o Método Paulo Freire. Em 1963, foi chamado à Brasília para coordenar, no MEC, a criação do Programa Nacional de Educação. 

Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na áfrica. Mas, em 1964, o golpe militar reprimiu todos os trabalhos de mobilização popular. Paulo Freire foi acusado de subverter a ordem ao utilizar suas campanhas de alfabetização, sendo preso e exilado por mais de 15 anos. 

Em 1980, voltou ao Brasil e assumiu cargos de docência na PUC – SP e na Unicamp e, entre 1989 e 1991, trabalhou como secretário da Educação da Prefeitura de São Paulo.


É autor de uma vasta obra traduzida em várias línguas. Dentre os livros mais conhecidos estão a Educação como Prática da Liberdade e a Pedagogia do Oprimido. 

O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão, aliada ao seu talento como escritor, ajudou-o a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos. 

Paulo Freire morreu em 02 de maio de 1997, em São Paulo, SP. 





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