quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A terceira Release Candidate do Linux Educacional 4.0

A UFPR disponibilizou a RC3 (Release Candidate) do Linux Educacional 4.

As principais mudanças, até agora, em relação ao RC2 foram:
LE 4.0 rc3 (released 2010-11-24)
Principais Modificações:
- Limite de memoria relaxado para tornar o wine funcional;
- Traduzida tela principal do networkmanager;
- Configurado Grub;
- Corrigido locale padrão;
- Configurados alguns serviços do KDE;
- Traduzidos textos de boas vindas;
- Adicionado aMSN;
- Adicionado menu do wine;
- Removidos pacotes para entrada do le-extra;
- Alterada versão do sistema para rc3;
- Foram feitas alteracões para diminuir o tempo de carregamento e também para alterar o tamanho da edubar de acordo com a resolucao do monitor;
- Adicionada verificação de erro de instalacao, permitindo correção automática em situações onde a instalação foi interrompida antes do término;
- Corrigido o problema de reabrir a última sessão em caso de fechamento abruto;
- Arrumado conflito entre le-interface e le-help
- Adicionado opções para o menu do botão direito na área de trabalho;
- Arrumado script de detecção de computadores com placa VIA;
- Mudanças no Menu LE;
- Arrumado problema de recuperação de sessão do Firefox
- Adicionado novas configurações do kdm.

Repito, esta versão é apenas para avaliação, somente para testes, não é a definitiva.

É a terceira correção do LE4. Ainda não é a definitiva, mas se quiser baixar para testar o link está abaixo:

Linux Educacional 4.0 RC3

Changelog | Md5: 8fe23d2b8a3a3743c981dec6db059e11


Boa sorte!

sábado, 20 de novembro de 2010

UCA - Saiba mais sobre o projeto

Os laptops, enfim, chegam à sala de aula


Ricardo Carvalho


Em setembro, após o projeto piloto,
teve início a entrega de 150 mil micros
para 300 escolas de todo o território nacional.

O Brasil começa a distribuir os equipamentos do projeto Um Computador por Aluno

No fim de setembro, 300 escolas de todo o País começaram a receber 150 mil computadores portáteis por meio do projeto piloto Um Computador por Aluno (UCA), capitaneado pelo Ministério da Educação.

A ideia de que seria possível distribuir uma máquina de baixo custo por aluno foi apresentada pela ONG norteamericana One Laptop Per Child (OLPC), durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Na ocasião, a OLPC afirmou que o preço de 100 dólares poderia ser alcançado na medida em que fossem projetados softwares mais simples do que os utilizados em equipamentos convencionais, com funções limitadas às necessidades dos estudantes e com uma alta demanda de produção. “Das atividades educativas, 95% podem ser feitas com computadores de menor custo. Os outros 5% das atividades são realizadas no laboratório de informática. Tecnologicamente já era possível, mas não ocorria por falta de interesse dos mercados”, afirma a professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Roseli de Deus Lopes, que participou da implantação do UCA no País.

No Brasil, ocorre desde 2007 um teste do projeto piloto (pré-piloto) do UCA em cinco escolas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Tocantins, cada uma supervisionada por especialistas de universidades ou secretarias de Educação.

O objetivo da prévia do projeto foi testar a viabilidade técnica dos computadores e as possibilidades pedagógicas oferecidas. Na paulistana Escola de Educação Fundamental Ernani Silva Bruno, os professores e coordenadores passaram por uma formação com o auxílio do Laboratório de Sistemas Integráveis da USP e aos poucos foram assimilando a tecnologia às aulas. “Existe uma interação muito maior entre alunos e professores”, explica a coordenadora Edna de Oliveira Telles. Segundo ela, os laptops despertam grande interesse entre os alunos, refletido numa perceptível queda do número de faltas.

Já no campo curricular, houve melhora nas habilidades de leitura e escrita com o maior número de situações de uso da língua, como pesquisa na internet e programas de edição de texto. “A preocupação com a escrita também é maior, porque como publicam em blogs e o conteúdo é público, as crianças tendem a tomar mais cuidado com a gramática”, explica Edna.

A coordenadora complementa que no período de experimentação do projeto houve um aumento no desenvolvimento de programas interdisciplinares propostos pelos professores, uma vez que o UCA facilitou a intercomunicação das várias partes envolvidas.

A princípio, a instituição recebeu cem computadores, número insuficiente para o total de alunos; posteriormente, 274 aparelhos foram doados pela OLPC, utilizados em sistema de compartilhamento pelos cerca de 600 estudantes.

Durante o acompanhamento do pré-piloto, a professora Roseli de Deus Lopes percebeu no UCA a possibilidade do desenvolvimento de maior autonomia dos estudantes. “Há relatos de um professor de História, por exemplo, que diminuiu as aulas expositivas e passou estimular os alunos a buscar conteúdos na internet e realizar depois sucessivas discussões”, relata. Roseli dá outro exemplo ocorrido nas aulas de língua estrangeira: “Houve projetos de integração on-line com alunos da Inglaterra. Isso já era possível antes com os laboratórios de informática, mas com o UCA pôde ser feito em classe e sem precisar de agendamento prévio do laboratório”.

Em determinadas ocasiões, os alunos puderam levar os laptops para casa e a atividades extracurriculares, como visitas a museus, o que contribuiu para a criação de uma situação móvel de colaboração e aprendizagem. “Basicamente, o fato de você ter essa tecnologia disponível permite uma série de novas atividades mais dinâmicas”, finaliza Roseli.

Roseli explica que, em um primeiro momento, a ONG OLPC pensou a proposta de distribuir um computador por aluno como estímulo à educação em países que ainda têm um processo de inclusão digital a ser percorrido. “Nos países desenvolvidos, as crianças já têm acesso à internet em casa.” Até agora, diversos países adotaram a ideia, em maior ou menor escala, dentre eles Argentina, Peru e Portugal. Entretanto, o único que universalizou a proposta para toda a rede de ensino pública foi o Uruguai , por meio da distribuição de equipamentos a mais de 600 mil alunos das escolas do país.

O secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação (MEC), Carlos Eduardo Bielschowsky, revelou que metade das 300 escolas já recebeu os computadores, fabricados pela CCE, vencedora do pregão para a compra. O edital estabeleceu que os laptops devem ter pelo menos 512 megabytes de memória, tela de cristal líquido de no mínimo 7 polegadas e autonomia de bateria mínima de três horas. O valor por máquina ficou em 550 reais. Todas as escolas beneficiadas pelo programa terão de ter o corpo docente capacitado na nova ferramenta. O secretário de Educação a Distância afirma que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará uma terceira fase do projeto, que visa oferecer os laptops a um preço menor a estados e municípios interessados.


Fonte: Carta na Escola


Leia também:


.

EDITOM - O Editor de Partituras Livres

O Editor de Partituras Livres EDITOM chega ao Portal do Software Público Brasileiro em clima de comemoração. O lançamento foi durante evento dedicado à organização da Copa2014, nas instalações da FINEP no Rio de Janeiro.
Gabriel o pensador esteve presente ao evento
prestigiando o lançamento do EDITOM
A cerimônia contou com a presença do compositor e cantor Gabriel o Pensador que foi ao evento especialmente para participar da disponibilização do EDITOM.

No lançamento também estiveram presentes o diretor de inovação da FINEP Eduardo Costa, o empresário Roberto Bittar, responsável pela criação do EDITOM, e o coordenador do Portal SPB, Corinto Meffe.


Na visão do empresário Roberto Bittar o EDITOM poderá ser utilizado agora por qualquer pessoa, em particular pelas crianças que estão em idade escolar. "Com a aprovação da legislação federal que retorna o ensino da música nas escolas, o EDITOM certamente será uma ferramenta que vai estimular ainda mais o estudo da música por parte das crianças", completa Bittar.

Algumas das principais características do EDITOM são apresentadas a seguir:
  • Possui tutores de flauta, violão e teclado, mostrando as posições de cada nota ou acorde, na sequência da partitura escolhida. Os tutores têm o objetivo de facilitar a execução de músicas a partir da partitura, orientando os primeiros passos do aluno.
  • Ouvido Digital - Para os iniciantes reconhecerem as notas a partir da emissão de algum som é algo muito difícil. Para facilitar a criação da relação entre os sons produzidos e a música, o software transforma seu assobio em notas colocadas na partitura, interpretando as notas, durações e oitavas.
  • Além da forma tradicional da partitura, o software possui mais 5 formas diferentes de apresentar a partitura. Iniciando por ovais coloridos sem o pentagrama, as simbologias de escrita vão sendo acrescentadas em cada forma, até se completar na sexta forma que é a partitura tradicional.
  • São duas formas de edição de partitura convencional: 
    • ícone de nota;
    • ícone de letras.
  • Permite tocar uma partitura, como se fosse um software de Karaokê possibilitando repetir o exercício ou acompanhar a partitura, utilizando o teclado do computador como se fosse um instrumento musical.
  • O software possui várias funções facilitadoras que permitem mudanças de tom, de escala, de ritmo, com apenas um clique do mouse (botão da direita).
  • Permite a criação de acordes a partir da digitação de Cifras musicais. Para ativar o criador de acordes, selecione o modo próprio de edição (ícone de letras) e dê um duplo clique na partitura.
Para saber mais e baixar o programa acesse clicando aqui.

Para baixar o programa deve-se cadastrar, é gratuito.



.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A solução multiterminal da Microsoft - Copiando O Linux

Atualizado dia 21 julho de 2011

Microsoft apresentará solução multiterminal no Brasil

Microsoft e ThinNetworks apresentam o Windows MultiPoint Server 2010 a parceiros e cliente , além de devices desenvolvidos exclusivamente pela fabricante brasileira ThinNetworks para computadores multiterminais

Sistema será usado no ambiente escolar brasileiro
Em parceria inédita no Brasil, a Microsoft e a ThinNetworks – maior fabricante de multiterminais e Thin Clients da América – apresentam oficialmente no próximo dia 30 de novembro, a partir das 9h, em São Paulo, a nova versão do Windows voltada exclusivamente para soluções multiterminais de computadores.

O Windows MultiPoint Server 2010 é um sistema operacional que permite compartilhar a plataforma Windows para até 10 estações de trabalho de forma simultânea e independente, a partir de um computador, através da simples adição de monitores, teclados e mouses. Possui baixo custo de licenciamento, fácil configuração e ferramentas tecnológicas que auxiliam, por exemplo, o professor na hora de preparar os jovens para o futuro proporcionando uma estação para cada estudante nos laboratórios de informática, mesmo utilizando um único computador.

O novo Windows foi criado a partir dos cases de inclusão digital da ThinNetworks juntamente com o Governo Federal no ambiente escolar brasileiro e agora visa atender a demanda da tecnologia multiterminal em ascensão em vários países em desenvolvimento, pois pode ser aplicada em ambientes corporativos, laboratórios de informática, call centers, cyber cafés, entre outros.

[comentário removido dia 21 julho 2011, após retorno da ThinNetworks via e-mail]

Os computadores saem completos da ThinNetworks, com monitor, gabinete, teclado, mouse, sistema operacional pré-instalado e hardwares para multiusuários. A instalação das soluções é simples e a ThinNetworks oferece suporte técnico por tempo indeterminado. Os clientes podem recorrer ao serviço sempre que sentirem necessidade. Além disso, os hardwares para multiusuário são discretos, compactos, silenciosos e com ótimo desempenho. 

Conheça no site da empresa o MiniPoint VGA, MiniPoint All-in-One, WeeClient, PC-Completo e as Placas de Vídeo.

Segundo o presidente da ThinNetworks Luiz Cláudio Ferreira, o Windows MultiPoint Server 2010 possui a mesma interface gráfica do Windows 7, com a robustez do Windows Server 2008 R2.



Fonte: MSN tecnologia

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Supercomputador: China ultrapassa EUA

China ultrapassa EUA em desempenho de supercomputador

Foto: Ebdig.com, acessado 15nov2010
O Tianhe-1A tem 262 terabytes de memória e
está alocado em 140 gabinetes, além
da capacidade de rodar 2.507 petaflops
Era um rumor, mas agora é oficial. O sistema chinês Tianhe-1A, no Centro Nacional de Supercomputadores, em Tianjin, alcançou um nível de desempenho de 2,57 petaflops / s (quatrilhões de cálculos por segundo). "Isso coloca-o na primeira colocação do TOP500, o supercomputador mais poderoso da lista", disse a organização neste domingo.

Com o resultado, o antigo vencedor da lista, o Cray XT5 "Jaguar", do sistema do Departamento de Energia dos EUA (DOE), de Oak Ridge Leadership Computing Facility em Tennessee, agora é classificado em segundo lugar, com uma pontuação de 1,75 petaflop / s .

As outras três posições no TOP500 são:
  • Nebulae, um sistema chinês de Shenzhen avaliado em 1,27 petaflop / s; 
  • Tsubame 2.0, um sistema no Instituto de Tecnologia de Tóquio, que atingiu 1,19 petaflop / s;
  • Hopper, um sistema Cray XE6 no Centro Nacional de Pesquisa de Energia Computação Científica (NERSC), na Califórnia, que atinge 1,05 petaflop / s.

Fontes:

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O uso de Software livre pelo Governo deverá economizar ao país cerca de R$500 milhões

FOZ DO IGUAÇU – A utilização do software  livre (programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição) por empresas do governo federal  deve gerar até o fim deste ano uma economia aos cofres públicos de R$ 500 milhões.

“São recursos que deixaram de ser gastos em compra de licenças de softwares proprietários desde a adoção do programa em 2003”, disse à Agência Brasil  Djalma Valois, assessor da diretoria do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) da Casa Civil da Presidência da República.

Ele adiantou que em janeiro do próximo ano o governo vai realizar um novo levantamento para atualizar o total economizado, mas acredita que será muito próximo ao valor projetado.

Durante a sétima edição da Conferência Latino-Americana de Software Livre – Latinoware 2010 – que reúne em Foz do Iguaçu até amanhã (12) cerca de 2,3 mil participantes -, será apresentada uma das iniciativas do governo no setor, os cursos realizados pelo Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento (CDTC), do ITI, que oferecem quase 400 mil vagas para empresas.

“Atualmente estão matriculados 77.247 alunos de 8.475 empresas, de 2.340 municípios brasileiros”, informou Valois. Segundo o assessor, na conferência será mostrado o processo de formação do CDTC e os atuais acordos com países da América Latina, que têm como objetivo repassar a experiência do Brasil para os demais países do Mercosul.

Fonte: R7 Notícias

Concurso de Blog Educacional

A Secretaria de Estado da Educação Goiás, por intermédio da Superintendência de Educação Básica e Coordenação de Educação a Distância, no uso de suas atribuições legais, torna pública a abertura das inscrições para o Concurso de Blog Escolar, por ela oferecido.
O concurso tem caráter pedagógico cultural e busca promover o uso do Blog como recurso de interação e construção coletiva de conhecimento. Podem participar do concurso as unidades escolares de educação básica da rede pública estadual de ensino de Goiás.
O Blog inscrito no concurso deverá ser produzido coletivamente por alunos e professores, sendo o seu conteúdo de caráter público, devidamente hospedado num servidor gratuito na rede mundial de computadores.
 
Não será cobrada taxa de inscrição ou de qualquer outra natureza. O período das inscrições on-line será:

10 de novembro até
16 de novembro
2010


Fonte: GeteBlog

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ubuntu deverá trocar o servidor gráfico X pelo Wayland

Na semana passada Mark Shuttlewort anunciou uma grande mudança no servidor gráfico das futuras versões do Ubuntu: a troca do X pelo Wayland.

O Wayland é um projeto de servidor gráfico ainda pouco conhecido e não totalmente perfeito no estado em que se encontra, mas parece atender os objetivos do Ubuntu: oferecer melhor experiência em desempenho com alta qualidade visual. Para Mark é difícil fazer algumas coisas no X, como efeitos gráficos e animações bastante suavizadas - não é impossível, mas é difícil. Já no Wayland isso tudo fica mais fácil por causa da integração nativa com OpenGL. De certa forma ele é um servidor mais moderno, embora ainda incompleto, precisando de ajuda no desenvolvimento.

O trabalho será imenso, fica difícil falar em prazos. Talvez em alguns meses ou mesmo anos isso começará a aparecer no Ubuntu. Apesar de estarem confiantes e terem praticamente certeza da mudança, pode ser que ela seja abandonada se as dificuldades forem muito grandes.

A compatibilidade com as aplicações atuais não deverá ser afetada, visto que poucas delas dependem de recursos exclusivos do X - é possível manter um modo de compatibilidade. O pessoal do Ubuntu irá trabalhar também para garantir o funcionamento do KDE e Gnome no sistema.

É uma situação complicada à primeira vista, já que irão substituir uma peça fundamental que serviu (bem?) por tantos anos. É... Botões das janelas do outro lado, nova interface Unity para desktops em vez do Gnome Shell, agora a adoção de um novo servidor gráfico (que por sinal não é usado em nenhuma grande distribuição ainda)... O Ubuntu tenta se diferenciar bastante das outras distros. Por mais que muita gente critique, não concorde ou exija mudanças, ele é um exemplo claro de que não basta nos acostumarmos com o que existe e vivermos como se essas coisas fossem as únicas. Sempre há novas possibilidades, especialmente no mundo open source. E isso não é necessariamente ruim, já que temos a liberdade de programar qualquer coisa e distribui-la. Julgar antes do tempo não é uma atitude tão bonita, então vale a pena esperar para ver.

Algumas das dificuldades já imaginadas começaram a aparecer: aparentemente a Nvidia não tem planos de suportar o Wayland. Talvez isso não faça muita diferença, já que segundo o texto dele a mudança seria boa para quem tem bons drivers open source - entra aí o Nouveau, que embora não tenha todo o desempenho do driver proprietário, é uma das opções abertas que mais chama a atenção.
 
 
 

domingo, 7 de novembro de 2010

Paraná sai na frente, novamente, e é exemplo para Plano Nacional de Banda Larga

Quem quiser ter uma ideia do que deve se tornar o Plano Nacional de Banda Larga pode olhar para o Paraná. Lá, a Copel Telecomunicações, empresa criada pela empresa estadual de energia [ambas são empresas sob controle do Governo do Paraná], já começou a vender acesso no atacado a provedores de acesso à internet, em moldes muito semelhantes ao que a Telebrás pretende fazer em âmbito nacional.

O Plano Estadual de Banda Larga do Paraná já prevê, em decreto de agosto deste ano, a venda do Megabit no atacado a R$ 230, mesmo preço pretendido pela Telebrás. Além disso, o mesmo texto estipula preços máximos ao consumidor, ao definir que os provedores deverão disponibilizar no mínimo 15% da capacidade em conexões de 256 kbps por até R$ 15, e outros 15% em velocidades de 512 kbps por R$ 30.

“Começamos em setembro e já temos mais de 50 contratos”, explica o diretor comercial da Copel Telecom, Orlando Cesar de Oliveira, que apresentou os primeiros resultados do projeto no Futurecom 2010. Em média, cada provedor vem adquirindo 50 MB e atende cerca de 1,5 mil pessoas. “A procura é grande, porque saímos de um preço médio de R$ 600 por Megabit, cobrado pelas empresas privadas, para R$ 230”, comemora Oliveira.

A Copel Telecom se vale da rede de fibras ópticas que a estatal de energia começou a erguer há mais de uma década, por meio dos cabos para-raios. Além disso, leva fibras até os clientes, podendo-se dizer que essa infraestrutura vai até a “penúltima milha”. Essa capilaridade já está em 230 dos 399 municípios do estado, com meta de cobertura total em três anos.

Os investimentos na área de telecomunicações começaram ainda em 1998, com a instalação das fibras ópticas na rede de transmissão de energia elétrica. Segundo Oliveira, desde então eles representaram cerca de 10% dos custos da Copel. “O investimento pode ser considerado pequeno, e mesmo assim a Copel Telecom já é mais lucrativa que as outras duas empresas do grupo, a de distribuição e a de geração e transmissão”, diz ele.

Este ano, a Copel Telecom deve atingir receita de R$ 190 milhões, com lucro bruto de 25% e líquido de aproximadamente 15%. A empresa atua também com rede de transporte como IP e atrai contratos com prefeituras, além de ser responsável pela comunicação de dados do governo estadual.

Pioneira, a Copel Telecom pode facilmente ser vista como um projeto piloto do que pretende o Plano Nacional de Banda Larga, seja pelos preços no atacado e no varejo, pelo uso das redes de fibras ópticas do setor elétrico e pelo provimento do serviço de dados à administração pública.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Internet - as tentativas em andamento, mundo à fora, de controlar econômica, cultural e políticamente a grande rede via grandes empresas do setor e alguns governos

Amadeu: Internet tem janela para controle cultural e político

via Blog Viomundo

A entrevista com o sociólogo Sergio Amadeu foi feita por Juliana Sada, do Escrevinhador – e disseminada em lista pelo Castor Filho:

Você poderia explicar o que é o Plano Nacional de Banda Larga e qual a sua importância?

O Plano Nacional de Banda Larga é um conjunto de ações do governo para levar a internet com velocidade razoável para todo território nacional. Hoje grande parte do nosso território tem acesso apenas à conexão discada. Isto impede que se faça uma série de coisas: acesso à prestação de serviços online, acesso à multimídia…

Portanto o Plano Nacional tenta levar as redes de alta velocidade a todos municípios, a todas periferias das grandes cidades porque as empresas operadoras de telefonia, responsáveis pela banda larga, não fizeram isso até hoje. Nada impedia que essas operadoras levassem banda larga para o nordeste ou mesmo para a Cidade Tiradentes. Há mil restrições em locais onde não é rentável ter banda larga. Aí vem a questão: a banda larga que foi implementada no Brasil é cara e de baixa qualidade, muito instável.

O Plano Nacional de Banda Larga amplia a rede de banda larga fazendo parcerias também com pequenos empreendedores, com empresas estatais e retomando a Telebrás – não como a empresa estatal que era mas como um gestor do sistema. Este será mais amplo em relação ao gerado pelas privatizações, que é um sistema de grande operadoras que querem uma alta taxa de remuneração e por isso deixam abandonadas as regiões carentes.

O Plano Nacional de Banda Larga no fundo é o reconhecimento de que a Anatel não conseguiu que a empresas operadoras, simplesmente por medidas regulatórias, expandissem a banda larga. Até porque a banda larga, ao contrário da telefonia fixa, não tem metas de universalização. Então as operadoras cobram o que querem e não são obrigadas a cobrir todo o território. Já o reconhecimento de que elas não estão dando conta dessa necessidade urgente do nosso país, fez com que o governo retomasse a Telebrás pra criar uma competição justa e importante com essas operadoras. E elas vão ter baixar preço, vão ter que ampliar sua malha.

E que deficiências você vê no projeto do governo?


O que o governo está propondo ainda não é o ideal porque ele está trabalhando com 512k de velocidade, isso é completamente insuficiente. Em relação ao custo, não sabemos ao certo mas deve ser em torno de 15 ou 25 reais, que não é o ideal para a realidade socioeconômica brasileira.

Acho que a gente tem que observar que as operadoras fracassaram nesse modelo só do mercado, nada impede ou impedia que colocassem banda larga em todo o lugar então o que o governo está fazendo é uma ação competitiva também que é necessária ao modelo de privatização que houve.

Se você tirar todos os impostos do custo de banda larga hoje, você ainda tem um dos serviços mais caros do mundo. O argumento das operadoras é que são muito tributadas, podem até ser mas não é esse o problema. O problema é que eles tem um modelo de remuneração absurdo, eles querem controlar o tráfego da rede. É uma coisa muito absurda, um dos dirigentes dessas operadoras dizia “olha vocês não podem navegar no horário que vocês querem, vocês tem que navegar no horário que tem menos tráfego”. Ora, eu pago caro e ele ainda quer dizer que horário eu devo usar.

Se deixarem que as forças de mercado atuem livremente nós estamos perdidos, nós não vamos conseguir ter atendidas as necessidades informacionais da sociedade. É básico isso. E por isso que o plano é bem interessante apesar de que espero que ele melhore, que o governo reconheça a necessidade de preços mais baixos e banda mais alta.

A retomada da Telebrás é o ponto do plano que está sendo mais atacado.